No setor automotivo e de máquinas pesadas, o tempo de produção é uma variável crítica. Muitos fabricantes enfrentam gargalos na fase inicial de usinagem bruta de peças grandes — como blocos de motor ou carcaças de transmissão — onde a velocidade e estabilidade do processo determinam toda a produtividade. Em minha experiência de mais de 18 anos no comércio internacional de CNCs, percebo que muitas empresas ainda não aproveitam ao máximo suas máquinas por falta de conhecimento prático sobre configuração e parâmetros.
A FH1890L, nova máquina lançada pela Kebao CNC, foi projetada especificamente para atender à demanda de peças com dimensões superiores a 1800 mm em largura. O segredo? Uma estrutura em "X" com rigidez estática superior a 250 N/mm (teste realizado em laboratório ISO 230-1) e um sistema de eixo principal com torque contínuo de até 450 Nm. Isso significa que mesmo em operações de remoção de material intensiva (como fresamento em profundidade), a máquina mantém tolerância dimensional de ±0,03 mm — algo raro em máquinas deste porte.
Parâmetro | FH1890L | Máquina padrão |
---|---|---|
Velocidade máxima do eixo principal | 6000 rpm | 4500 rpm |
Força de corte contínua | 450 Nm | 320 Nm |
Precisão após 8h de uso contínuo | ±0,03 mm | ±0,08 mm |
Além disso, o controlador Mitsubishi M700 oferece ajustes em tempo real de velocidade de corte com base em feedback de vibração do eixo — isso reduz significativamente o desgaste das ferramentas e evita picos de temperatura que causam deformações térmicas. Um cliente na Alemanha relatou uma queda de 22% no consumo de energia durante usinagem bruta após implementar esse sistema.
Aqui está um ponto que muitos engenheiros ignoram: o uso de acessórios como cabeças angulares (angle heads) e cabeças universais (universal heads) pode transformar uma peça complexa em um ciclo simples. Por exemplo, em uma peça de motor com furos inclinados em 45°, usar uma cabeça angular permite fazer a operação em um único aperto — economizando até 40 minutos por peça comparado ao método tradicional de virar a peça.
Para otimizar os parâmetros, recomendo começar com:
Essas recomendações vêm de testes reais com clientes na Espanha, Brasil e México — todos em setores automotivos. A diferença entre “funciona” e “funciona bem” está nos detalhes técnicos que você escolhe aplicar.
Em resumo: se você está investindo em equipamentos pesados, não basta apenas comprá-los. É preciso entender como eles funcionam em conjunto — estrutura, controle, acessórios e parâmetros — para extrair todo o potencial de produtividade. A FH1890L prova que eficiência não é só questão de velocidade, mas de integração inteligente.
Dica prática: Registre seus dados de usinagem por pelo menos 3 dias antes de ajustar qualquer parâmetro. Isso ajuda a identificar padrões ocultos — como vibrações escondidas que afetam a qualidade da superfície.
Se sua empresa busca melhorar a eficiência na usinagem bruta de peças grandes, este é o momento ideal para revisitar seu processo atual. Você já aplicou essas estratégias em seu workshop?
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